O BOM FILHO a casa retorna. Com a abertura de matrículas para alunos novatos, a equipe da secretaria da escola foi pego de surpresa. No final do expediente, quando a fila já tinha acabado, viram no jardim um antigo e ilustre aluno-morador. Pois é, PERALTA, nosso querido timbu apareceu, e não estava sozinho. Trouxe para matricular na escola seus filhotes. Fruto de uma amizade colorida entre um terceirizado com dificuldades motoras e um maestro de banda marcial, que estudou no Cônego, Rodrislove ou Rodismel, Peralta teve altos e baixos na escola.
MARRENTO NÃO A MULESTA. Peralta costumava andar pela parte interna do telhado, entre os caibros e as ripas de nossa escola. Gostava muito das aulas de Português. Certa professora, não direi o nome pois hoje ela é mestra, quando via o rabo do Peralta balançando em cima do quadro negro já sabia. Corria pra caderneta e colocava presença no timbu, morrendo de medo do bichinho.
Quando tocava para o intervalo, Peralta corria para entrar na fila da merenda. E se a merenda era cuscuz, entrava na fila duas vezes. Essa foto dele ai no vaso sanitário foi quando certa vez entrou novamente na fila em busca do cuscuz da Maria. Irritados, alguns alunos que moravam no Beco da Vaca pegaram o marsupialzinho e tibummmm. Peralta foi rebolado na privada. Não gostou. Regougou daqui, regougou dali. E lá estava na fila. Pronto pro cacete.
PERALTA chegou no Cônego durante a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil. Natal e o RN vivia sob o julgo de duas famílias, Alves e Maia. Desde cedo Peralta percebeu que tinha jogo político. Ora estava com Agnelo Alves, o mais belo dos belos:
Depois, mudava de lado, pousando com Agripino Maia, esse da foto abaixo:
GALEGA DO ALECRIM, assim ficamos chamando José Agrepino, desde o período em que foi prefeito de Natal. Dono de uma beleza estoteante, o apelido virou nome de cerveja. Sim, temos uma cerveja chamada de “galega do alecrim”. Também foi governador, deputado, senador. Sua contribuição para o Estado do Rio Grande do Norte foi, porra nenhuma ( comentário de Castelo Branco).
Em 1990, Peralta foi embora do Cônego. Padim, vou conhecer o Brasil, me confessou a xerox de Lavousier Maia, cabra feio que esta ao lado de Agnelo na foto acima.
Ao saber da bolsa do governo federal “pé de meia”, Peralta não fez pantim. Retornou à escola, matriculou seus filhotes, todos eles na sexta série, e vai estudar no primeiro ano D do novo ensino médio, que foi revogado, que já foi ensino potiguar, mas agora são trilhas. Essa é boa.
Quero terminar o ensino médio, e vou me candidatar a vereador de Natal, me confessou o marsupial. Para isso conta com o apoio do general Girão, Robson Faria e João Maia. Perguntei se timbu podia se candidatar. Espantado com a pergunta, disse ele: oxi, o vice-presidente do PT é um pato (Washington Quaquá) e foi por duas vezes prefeito de Maricá no Rio de Janeiro. Por que não timbu? É o fresco é. Vixe, pegou ar.
Questionado sobre a mãe de seus filhotes Peralta disse que ela é assessora parlamentar da secretaria de planejamento de Natal, Joana Guerra, que jura de pé junto que Álvaro irá escolhe-la para ser sua sucessora na prefeitura de Natal.
Mas quem é Joana Guerra? Nosso timbu disse que nunca tinha visto falar do nome dela. Também disse que Joana no final do ano passado teve um sonho. Acordou toda suada. No sonho apareciam em forma de anjos, todos de branco, Álvaro Dias, Fátima Bezerra, Flávio Dino e Xandão cantor de um grupo de pagode. Todos diziam em canto gregoriano: nós te apoiamos, #tamojunto, tem nosso apoio. Sonho, devaneio, luxuria, bloco de carnaval ou realidade? Regougou Peralta em tom de ironia.